Drogas urbanas chegam ao campo e viciam trabalhadores rurais

Os trabalhadores saem de várias cidades do noroeste paulista e embarcam muito cedo rumo às fazendas.

 

A viagem leva até duas horas.

 

A paisagem é de plantações dos dois lados da estrada por muitos quilômetros.

 

Lá, se concentra a maior parte da produção de laranja e cana do Brasil.

 

Mas a roça perdeu um pouco da tranqüilidade caipira.

 

Mesmo tão longe dos centros urbanos, um mal da cidade avança pelo campo: drogas, principalmente o crack e a maconha.

 

Um grupo de colhedores de laranja confessa fazer uso da droga durante o serviço.

 

Um homem diz que a maioria dos trabalhadores usa droga porque “hoje é comum”.

 

Um trabalhador chega a dizer que, ao usar drogas, ele trabalha melhor.

 

Dos 45 trabalhadores do pomar, pelo menos 10 usam algum tipo de droga.

 

Como o trabalho rural exige muito esforço, principalmente nas culturas canavieiras, a droga é usada para amenizar o desgaste físico provocado pelo trabalho no campo.

 

Mas o crack vicia rapidamente e pode levar o usuário á morte principalmente por arritmia, onde o coração bate de forma diferente e perde ritmo das suas batidas, infarto do miocárdio ou derrames.

 

O crack é um subproduto da pasta base de cocaína e tem uma ação muito mais potente que ela, que é um estimulante do sistema nervoso central.

 

O uso do crack deixa a pessoa aparentemente mais confiante, mais forte, mais potente, alivia o cansaço, diminui o sono e o apetite.

 

Só no Estado de São Paulo, 600 mil pessoas trabalham na área rural, entre elas, 250 mil no corte de cana e 100 mil na colheita da laranja.

 

No município de Palmares Paulista, a população que é de 10 mil moradores passa para quase 14 mil nas épocas de safra.

 

Os trabalhadores são contratados por empreiteiros e ganham de acordo com o que produzem.

 

Alguns chegam a cortar mais de 10 toneladas de cana por dia, e recebem 2,5 mil em um mês.

 

Hoje, o trabalhador do corte da cana perde diariamente oito litros de líquido do seu organismo, corre mais de 12 quilômetros por dia e movimenta mais de 30 mil podões por dia.

 

Este é o esforço físico de um super atleta mas com uma contrapartida totalmente inferior: ele não tem alimentação correta, não tem descanso adequado pra desempenhar essa função e esse desgaste acaba induzindo o trabalhador ao uso da droga.

 

A informação é da TVTEM

Sobre Osvaldo Bertolino

Jornalista, natural de Maringá — Noroeste do Paraná.
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